“GAIA – Homenagem a Gaia, figura feminina mítica das lendas populares, desejada por Rei Ramiro, que a mirava desde o Porto. Reinterpretada a imagem de Gaia vista de uma janela, talvez de passagem à janela de um comboio. Essa imagem, em pintura acrílica em suporte de parede, colorida com azul e cinza, em representação do movimento livre mas com uma sensação de calma e tranquilidade, com largos apontamentos de amarelos e laranja, na luz que se projeta no rosto de Gaia. O elemento mais decorativo, as flores de Hibisco, acentua toda expressividade na cor vermelha, que reforça a força vital, tão delicada e virtuosa, como apaixonante.
Para além desta pintura, realizou-se um workshop para a participação dos alunos da Escola Básica de Santa Marinha, como o objetivo de conceber outro mural com 300m2.
No Workshop abordou-se a temática da arte urbana e a sua história, bem como foram capacitados para a noção de projeto. Os participantes do workshop aprenderam a elaborar uma proposta artística: pensar a temática, realizar pesquisa, fazer a composição e o desenho, e, por fim, orientados para projetar desenhos em grande escala e realizar a pintura do mural.”
Quarteirão das Artes – Santa Marinha 2024
Quarteirão da Mesquita – Avintes 2023
“Banhos de Afrodite – Representada a mulher como símbolo da perpetuação da vida, num cenário clássico onde Afrodite, deusa do amor, beleza e prazer, verte água de uma ânfora, um vaso de origem antiga. Essa imagem, em pintura acrílica em suporte de parede, foi colorida predominantemente por azuis e amarelos, para criar efeito de luz e sombra. Enquadra-se bem no espaço envolvente, colunado por prédios, adornado por árvores em flor, num local que se espera seja de tertúlia, lazer e brincadeira para todos.”
Quarteirão de S. João – Canelas 2023
“A pintura é composta pelos elementos que se encontram no brasão e os seus pontos de referência. Desde o coreto, serra, aos campos agrícolas os pássaros voam em alusão aos cidadãos que com orgulho transportam a imagem da vila de Canelas.”
Ubuntu Fest 2022
“A ideia seria recriar o fundo com o grafismo do Festival. Os participantes têm o desafio de criar os elementos que vão embelezar o mural.”
Quarteirão do Cedro
“Quis representar a ligação entre a comunidade e o bairro. Como Gaiense tenho muitas memórias dos bairros populares, de passar especificamente pelo Bairro do Cedro, cheio de estendais, mulheres diligentes nas suas lides, atentas aos filhos que brincavam por perto e aos muitos cães que teimavam em saltar às roupas.
Procurei representar essas memórias de um quotidiano simples, que atualmente tem outras rotinas, mas onde se mantêm vivo o sentido de comunidade. A dicotomia entre passado, presente e futuro é difusa propositadamente, expressa na saturação de cor e na passagem para formas facetadas. Usei novamente o girassol como elemento decorativo e símbolo de fortuna, como a riqueza dos laços de vizinhança.”
Quarteirão Quebrantões
“O meu conceito baseia-se em criar uma figura que represente a zona de quebrantões, como o guardião do rio, sendo o escudo que protege toda a fauna e flora.”
Quarteirão Biblioteca
“Os girassóis, que frequentemente represento, são considerados sinal de fortuna e conhecimento. Por ser uma pintura na minha cidade e em frente ao Liceu, não podia deixar de os representar como sinal de crescimento, maturidade e sabedoria. Represento ainda os elementos da metamorfose, a lagarta que se transforma em borboleta, que são mais uma referência à evolução que se espera e deseja em todo o ser humano. Conhecer-se a si próprio e desejar a transformação torna–nos capazes de querer mais para nós e para aqueles que vemos refletidos na nossa própria existência.”